14 de ago. de 2013

Escoteiros Britânicos em SC



Cumprir dez pequenas missões em dez dias, gastando R$ 28 por dia, é a meta dos escoteiros ingleses Becky Tompkinson, Megan Hughes, Mike Baker, Hilary Bell e Emily Armitage. Em Florianópolis, eles participam do Explorer Belt Challenges, que pode terminar em um encontro com a rainha Elizabeth II.

A primeira tarefa na Ilha foi dar uma volta num carro de bombeiros. Foi suficiente para provocar estranheza inicial no Corpo de Bombeiros do Norte da Ilha, mas de quebra resultou em hospedagem gratuita na casa de um amigo de um dos militares.
Aprender a cantar o Hino Nacional, ensinar uma canção inglesa e praticar windsurfe são outras atividades já riscadas da lista de tarefas organizada por um chefe de escoteiro inglês que já conhecia a Ilha. Portanto, sabia o que a cidade poderia oferecer aos cinco escoteiros. Às atividades lúdicas propostas para “comparar as culturas”, como explicou Becky, soma-se a caminhada de 160 quilômetros por território manezinho carregando pesadas mochilhas e barracas.
A expedição funciona como a etapa fora de casa de uma lista ainda mais extensa de atividades, que incluem trabalhar durante um ano como voluntário em numa organização sem fins lucrativos, desenvolver uma nova habilidade, praticar algum esporte, acampar pelo menos 20 vezes com outros escoteiros, além de economizar energia elétrica e água. A recompensa pelo cumprimento de todas as exigências é receber uma medalha da rainha da Inglaterra Elizabeth II, no dia 23 de abril de 2014, e poder levar os pais junto para presenciar o grande encontro de 5.000 escoteiros com a monarca.
Longe do namorado
Graças ao escotismo, Becky Tompkinson, 25 anos, visitou o Sri Lanka, a Índia e o México ensinando inglês para crianças e trabalhando com pessoas portadoras de doenças mentais, sempre como voluntária. Com avó e mãe chefes do Movimento Escoteiro, desde muito jovem a hoje professora do ensino fundamental integrou o movimento feminino do escotismo, primeiro como “rainbown” depois “brownie”, antes de optar pelo escotismo misto.
Antes de vir para o Brasil, havia recém deixado a casa dos pais para morar com o namorado em uma cidade a três horas de carro da casa de sua família. Duas semanas foi o tempo que durou a lua de mel, até ela viajar para a missão com os outros quatro escoteiros, que foi organizada apenas três semanas antes da partida.

A voz do namorado ela só irá ouvir novamente no final dos 17 dias de viagem – três para o reconhecimento do território, dez para cumprir a lista de tarefas e quatro dias para visitar as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Afinal, está proibida a presença dos celulares pessoais entre os cinco escoteiros. 
Mike, o único homem do grupo
Único homem entre quatro mulheres, Mike Baker explica não ter nenhum tipo de problema com as garotas, já que elas “não são superficiais nem perdem tempo com papos sobre maquiagem e cabelo”, mas confessa que toda vez que encontram qualquer espécie de animal pelo caminho é um festival de “ós” feminino. “Na caminhada entre as praias dos Ingleses e do Santinho foram 16 pinguins mortos, 16 sonoros ‘ós’ e uma parada para um funeral organizado por Emily, que ficou muito comovida com os animais mortos ao longo da praia”, conta.
Ajuda, aventura e fotografias
Dentre as atividades lúdicas propostas aos escoteiros ingleses, uma é a de oferecer ajuda num centro comunitário local. Mais do que fazer amizades e conhecer novas culturas, o objetivo maior do escotismo é formar cidadãos melhores.

E o bom humor do grupo vai conquistando quem cruza o seu caminho. Tem gente que chega até mesmo a oferecer a chave da própria casa. Eles atraem buzinaços e acenos dos motoristas, que incentivam a caminhada. E são cinco diários recheados de aventuras e fotografias que irão virar história de escoteiro.
LISTA DE TAREFAS
Pescar um peixe
Windsurfe
Andar de carro de bombeiros
Fazer parte de uma atividade de lobinhos
Aprender a cantar o Hino Nacional
Ensinar uma canção inglesa
Fazer um sand surfing (descer dunas com prancha)
Enviar um cartão-postal para Bear Grylss no Gilwer Park (Edward Michael Grylls, conhecido como Bear Grylls, é aventureiro, escritor, biólogo, botânico, apresentador de televisão e montanhista britânico; Gilwell Park é um local de acampamento e centro de atividades para grupos escoteiros)
Oferecer ajuda num centro comunitário
Ser entrevistado pela mídia local

Publicado em 14/08/13-10:29 por: Rodrigo Lima.

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