Bússolas: entenda a sua

As Bussolas para uso terrestre são divididas em dois tipos: bússolas militares, de mão ou de visada; e bússolas cartográficas ou Silva. As bússolas cartográficas apresentam uma precisão maior e permitem um melhor uso do equipamento em conjunto com mapas. Por esta razão são as mais indicadas para quem pretende participar de provas de orientação ou corridas de aventura. Além deste fator, a orientação com bússolas é nada mais simples de ser aprendida por quem está começando a usar o instrumento.

Independente do modelo, uma bússola é dividida em partes e cada uma dessas partes desempenha uma função. Veja:

     Bússola Silva

Régua: Serve para medir a distância entre dois pontos – para calcular a distância entre eles baseado na escala do mapa; e traçar linhas retas entre dois pontos do mapa para fins de navegação.

Seta de direção ou linha de fé: utilizada para localizar a direção em graus de um determinado ponto, ou seja, o azimute de um ponto.

Limbo giratório: possui a marcação dos pontos cardeais e dos graus, fundamental para o uso da bússola.

Portão: é uma marcação logo abaixo da marca do norte que fica no limbo, utilizada no processo de navegação.

Linhas meridionais: servem para alinhar a bússola com as linhas do mapa, garantindo assim que ela esteja apontando na direção exata.

Escala de declinação: serve para ajustar a graduação da bússola em relação à declinação magnética (diferença entre o norte magnético e o verdadeiro norte) permitindo uma navegação mais precisa.

Agulha imantada: é a agulha que aponta para o norte (parte vermelha).

Como você deve ter notado, muitas partes da bússola foram criadas para trabalhar em conjunto com um mapa. Podemos usar uma bússola sem um mapa do terreno em mãos, mais isso não nos da uma orientação tão perfeita como aquela que obtemos quando a utilizamos em conjunto com um mapa.

Bússola

DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE UTILIZAÇÃO DA BÚSSOLA

  

OBJETOS	DISTÂNCIA
linhas de alta tensão	60 m
fios telefônicos	10 m
arame farpado	10 m
carro	10 m
machado	1,5 m

Mas o que é azimute?

É a direção em graus para um determinado ponto. Esse conceito é fundamental para provas de enduro a pé (trekking), para provas de aventura e para navegação também, é claro. Nessas competições a equipe recebe em algum momento instruções como: “sigam na direção 245°”. Essa direção é justamente o azimute, um valor em graus que aponta para alguma parte do terreno. Achar o azimute de um ponto é bem mais simples do que parece. Veja:

Se você já tem o valor do azimute - Vamos supor que você tenha um valor de 100º para o azimute. Para encontrar esta direção siga os passos abaixo:

1. Gire o limbo da bússola até que o grau do azimute (100º, no nosso exemplo) fique alinhado com a linha de fé (seta vermelha no acrílico).
2. Segure a bússola em frente ao seu corpo de forma que ela fique completamente reta (horizontalmente) e estável.
3. Gire o seu corpo sobre os pés até que a ponta vermelha da agulha fique alinhada com o portão da bússola (ou com a marca N do limbo, é a mesma coisa).
4. A direção apontada pela linha de fé da bússola é a direção para onde você deve seguir, ou seja, é o seu azimute de 100º.

Se você quer descobrir o azimute de um ponto de referência, uma montanha, por exemplo:

Bussola Silva

1. Aponte a linha de fé para a nossa montanha (nosso ponto de referência).
2. Gire o limbo da bússola até que o portão (ou marcação N no limbo) fique alinhado com a parte vermelha da agulha magnética.
3. O grau que estiver alinhado com a linha de fé é o azimute do nosso ponto de referência.

Bussola

Querendo-se determinar o azimute magnético de um alvo usando uma bússola há que, primeiro, alinhar a fenda de pontaria com a linha de pontaria e com o alvo. Depois deste alinhamento, espreita-se pela ocular para o mostrador e lê-se a medida junto ao ponto de referência.

Todo este processo deve ser feito sem deslocar a bússola, porque assim alteraria a medida. O polegar deve estar corretamente encaixado na respectiva argola, com o indicador dobrado debaixo da bússola, suportando-a numa posição nivelada.