Chefe Carlos.
O custo vale à pena?
Para o chefe ou a chefe escoteira meditar...
Não é um tema interessante? Não sei. Pode ser que não. Mas
eu lhe pergunto quanto você gasta para ser Chefe Escoteiro? Muito pouco?
Razoável? Além do que pode gastar? Os amigos devem estar estranhando porque
entrei nesse tema. Por quê? Olhem, tenho tentado defender por todos os meios o
que o Escotismo através de suas direções fazem. Contam-me cada uma. Não vou
repetir aqui, mas as principais se referem à tecnocracia de alguns dirigentes,
ou mesmo a “arrogância de outros” “ou o profissionalismo de muitos” e depois os
gastos excessivos que fazem para serem chefes escoteiros.
Verdade. Parece para alguns que não é muito, mas para
outros, que no fim do mês olham as contas de água, luz, telefone, gás,
internet, prestação A, B e C, colégio ou material didático dos filhos ficam
deveras assustados. E o salário? Sumindo! E agora vem aquele curso, aquele
Jamboree, e o acampamento, aquela viagem linda programada pelo Distrito.
Como fazer? Claro dirão. Os Grupos Escoteiros devem estar reestruturados para
isso. São eles que arcam com essas despesas. Verdade mesmo? Vocês acreditam
nisso? Eu não. Pode ser que uma porcentagem o faça, mas a grande maioria não.
Se a esposa, ou a família não participa, sempre existe
aquele ressentimento. Você devia pagar isso, comprar aquilo e não ficar
gastando com o escotismo. Mas o menino não tinha condições! Tinha de ajudá-lo.
E assim vai. Família, eu vi um curso que quero fazer. Se calcularem bem não é
caro. A diária é mínima. A de um hotel cinco estrelas é bem maior! Afinal
preciso “tirar” minha Insígnia da Madeira. Sera que ele não está enganando a si
próprio? Sabe que irá gastar logo no inicio do ano, onde tantas contas para
pagar estão sobre a mesa e mesmo assim acha que dá para fazer o tal curso ou ir
naquela atividade escoteira.
Depois ele chega lá, e vê tantos figurões, gente linda, bem
uniformizada, de lenço da Insígnia, e diz para si próprio – Agora sim, vou
aprender tudo! Desculpem a brincadeira. Sem ofensas aos bravos membros da
Equipe Nacional de Formação. Bravos sim. Sei do trabalho insano que fazem para
ajudar o Escotismo Brasileiro. Eu fui um deles no passado. Claro, hoje são
tantos que na minha época tinha imensas dificuldades para formar uma equipe de
curso. Hoje não. Nas fotos lá estão cinco, sete já vi até oito deles dirigindo
uns dez alunos! Deve ter sido um lindo curso.
Sem criticas. Não estou lá agora. Não sei como é. Mas sei
como era. Lutava para baratear a taxa. Brigava mesmo por isso. Tinha um
executivo. Ele andava. Visitava super mercados. De uniforme, ganhava muita
coisa do cardápio. Eu mesmo convidava pais para ajudar na cozinha. A região na
época não nadava em dinheiro (agora sei que também não) mas as taxas sempre ela
cobria uma parte. No final todos podiam pagar sem prejudicar suas finanças
pessoais. Fazíamos um escotismo sem pretensão de sobrar da taxa para a região.
Estão rindo? Outra época? Deve ser. Hoje os profissionais
substituíram os amadores do passado. Acho que eu era um amador. Mas sabe, eu
gostava de ser um amador. De conseguir auxilio em todos os lugares para ajudar
aos jovens a participar de atividades regionais, ou mesmo distritais. Foram
diversas. Uma taxa “pequenina, pequeninita”, infinitamente pequena. Com orgulho
lá estavam patrulhas de toda a região ou do distrito.
Gostaria de defender a UEB, as Regiões, Os distritos, Os
grupos, mas estão dificultando essa defesa. Muitos que abandonam o escotismo
sempre reclamando a mesma coisa. Todos já disseram e eu repito, quando Baden
Powell fundou o escotismo, era para os jovens humildes e pobres. Hoje ele
caminha para a elite.
Perguntem aos chefes do Brasil. Perguntem aos que se foram.
Principalmente a muitos Insígnias da Madeira que não mais estão na ativa. Não perguntem a mim. São eles que comentam
sempre. Que se lembram do passado e não gostam do presente. Mas afinal estou
fazendo o que aqui? O movimento escoteiro no Brasil cresce a olhos vistos. Para
que me preocupar?
E para terminar, não dá para diminuir um pouco essa taxa?
Não? Você a acha pequena? Boa atividade meu amigo. Eu desejo de coração que o
curso e o Jamboree, sejam um sucesso! Não tenho mais nada a dizer.
Eu não sou pobre, apenas um rico em dificuldade.
Doutor Fé
A UEB tanto nacional como estadual deve rever os conceitos de taxas, na região de Santa Catarina existe até empresas especializas para promover eventos com ELO por exemplo, qual o custo de uma empresa desta????
ResponderExcluirNão sei porque as taxas para cursos e atividades tem que ser tão caras. Se a gente compara com outros estados ou Países, atividades com o mesmo período tem um custo bem menor. O Jamboree no Peru, foram 08 dias de atividades por R$ 175,00. Aqui no Brasil o Jamboree com 05 dias de atividades custará R$ 685,00. ????????
ResponderExcluirAté que ponto vale a pena a UEB cobrar valores absurdos em atividades que podem ter valores bem menores? Eles estão visando somente o lado econômico para o escotismo. Mas ai eu pergunto, e os que não podem ir num Jamboree Nacional? 10% dos escoteiros como é a meta que e a UEB quer que cada grupo esteja presente é muito pouco. E o resto dos 90%, como ficam? Eles não ficam prejudicados de certa forma por não praticar o escotismo ou praticar o método escoteiro com vários pessoas de todo o lugar do país? São pontos que a UEB nacional e também a REGIÃO ESCOTEIRA DE SANTA CATARINA tem que rever esses conceitos. O escotismo é pra todos e não pra quem pode.
ResponderExcluirParabéns pelo Grupo Escoteiro Lages pelas atividades que vem desenvolvendo.
SEMPRE ALERTA
Realmente, eu também concordo não achei vantagem em não haver nenhuma atividade maior como o Elo Nacional só para não atrapalhar o desenvolvimento do Jamboree no Rio, Nosso fundador criou o Escotismo para todos, não para 10%. Vejo isto pelo nosso Grupo uma minoria tem condições de pagar a taxa e o deslocamento para o Jamboree, teremos que achar uma atividade mais realista com nossas condições para não prejudicar os outros 90% do Grupo.
ResponderExcluirSempre Alerta.
Chefe Carlos.