6 de fev. de 2012

QUANDO DEUS CRIOU O CHEFE ESCOTEIRO


 Deus estava no sexto dia de horas extraordinárias, quando aparece um Anjo e lhe diz:

- Estás levando muito tempo nessa criação Senhor! O que tem de tão especial neste homem?

Deus respondeu:

- Um Chefe de Escoteiro, ele terá que providenciar local para acampamento, transporte, preparar as crianças e jovens para as atividades, realizar caminhadas nas matas, pular cercas, entrar em rios e lagoas para ver se tem algum perigo. Tem que estar sempre em boa forma física, para poder acompanhar o ritmo dos escoteiros. Tem que fazer tudo isso seguindo as normas de segurança. E no acampamento a noite terá que contar histórias mesmo estando cansado. Também tem que possuir quatro braços, para poder ajudar a armar as barracas, fazer o fogo, levantar a tampa da panela para verificar se a comida está pronta e ainda passar a mão na cabeça do escoteiro que estiver desanimado como forma de incentivo.

O anjo olha para Deus e diz:
- Quatro braços? Impossível!

Deus responde:

- Não são os quatro braços que me dão problemas e sim três pares de olhos que necessita.

- Isto também lhe pedem neste modelo? – pergunta o Anjo.
- Sim, necessita de um par com raios-X, para saber se o local tem algum perigo; Necessita de um par ao lado da cabeça para que possa cuidar dos escoteiros e outro para conseguir olhar se alguém pode se ferir durante uma atividade.
Neste momento, o Anjo diz:

- Descansa e poderás trabalhar amanhã.


- Não posso – responde Deus – Eu fiz um Chefe de Escoteiro que é capaz de ensinar um jovem o caminho do sucesso, e depois do jovem alcançar o sucesso pessoal quando for adulto nunca mais irá aparecer no grupo. Ele se esquecerá do chefe, mas mesmo assim o chefe ficará feliz em saber que o jovem está no caminho certo e hoje é um pai ou mãe de família para a nação. A, ao mesmo tempo, manter uma família de cinco pessoas com seu pequeno salário do seu trabalho fora do escotismo. Ele estará sempre pronto para colocar dinheiro do seu salário para realizar atividades com os jovens por ser um voluntário.

Espantado, o Anjo pergunta a Deus: - Mas Senhor, não é muita coisa para colocar em um só modelo?

Deus rapidamente responde: - Não. Não irei só acrescentar coisas, mas também irei tirar. Irei tirar seu orgulho, pois infelizmente para ser reconhecido e homenageado ele terá que estar morto. Ele também não irá precisar de compaixão: pois ao sair do velório de outro chefe, ele terá que voltar para sua missão e preparar a próxima reunião normalmente.

- Então ele será uma pessoa fria e cruel? – pergunta o Anjo.

- Claro que não – responde Deus. Mesmo sendo um Chefe ele é para os jovens um irmão mais velho, ele não comanda mas guiará pelo seu exemplo pessoal. Brincará através dos jogos ao ar livre. Simplesmente esquecerá os problemas quando estiver em atividades com os jovens será como um profissional do riso tem que esquecer os problemas e focar na sua missão que é ensinar a promessa e lei escoteira visando alcançar a cidadania, o companheirismo e o gosto pela natureza.

O anjo olha para o modelo e pergunta: - Além de tudo isso, ele poderá pensar?

- Claro que sim! – Responde Deus. Poderá no mesmo dia dar instrução para crianças, adolescentes, adultos e explicar sobre a importância do escotismo para formação dos jovens e adultos.

Por fim, o Anjo olha o modelo, lhe passa os dedos pelas pálpebras, e fala para Deus: - Tem uma cicatriz, e sai água. Eu disse que estavas pondo muito nesse modelo!
- Não é água, são lágrimas… Responde Deus.

- E por que lágrimas? – Perguntou o Anjo.

Deus responde: - Por todas as emoções que carrega dentro de si… Por um jovem que não conseguiu seguir o caminho certo da cidadania e entrou no caminho das drogas e da violência… Pelo apoio que muitas das vezes não conseguiu das autoridades para realizar atividades para os jovens!

- És um gênio! – responde-lhe o Anjo.

- Deus o olha, todo sério, e diz: - Não fui eu quem lhe pus lágrimas… Ele chora porque é simplesmente um humano!

PS: O conto foi adaptado do conto quando Deus criou o Policial, autor desconhecido.

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